quarta-feira, 27 de julho de 2011

Improváveis Surpresas




Então era mais um dia daqueles corridos sabe, passou o dia quase todo resolvendo coisas. Correndo de um lado para o outro, estava cansada, queria deitar e dormir até o próximo ano. Mas aquela que a adorava levou para um lugar calmo, era no centro da cidade, perto de escola e clube. Porém era tranquilo, tinha aquele cheirinho de grama recém cortada, sem falar que era fresco. O amor jogou aquela toalha de melancia no chão e falou: sente-se comigo! E as duas ficaram ali, sentadas, rindo do nada, conversando. Foi então que a menina do sorriso contagiante e dos olhos brilhantes levantou e saiu andando em direção a uma árvore cortada. A outra nem entendia o que aquela louca fazia perto do muro, então ficou olhando os carros passando, às vezes o céu azul. Curtia o vento bater no seu rosto e brincar com seus cabelos.

Aquele sorriso perfeito voltou e entregou para a menina um pequeno buquê. Eram flores vermelhas, elas haviam sido retiradas da árvore cortada. E o sorriso as juntara para entregar a menina dos olhos de big bang. A menina sorria como poderia aqueles olhos brilhantes lhe fazer essa surpresa? Estava feliz e isso era visível. Ficaram abraçadas, começaram a falar sobre coisas da vida. Entraram em um assunto complicado, aquele passado recente. Uma surpresa deixou os olhos de big bang chateado, cheios de lágrimas escondidas e disfarçadas para que os olhos brilhantes de sorriso contagiante não percebessem.

Entrou no carro e foi até seu destino. Lá esqueceu por um momento o que lhe magoara. Quando aquela que a adorava voltou para lhe buscar lembrou-se de tudo. E mais uma vez preferiu ficar calada. Os olhos brilhantes percebiam que tinha algo errado, mas preferiu não forçar que os big bang falassem.

Chegou a casa, tomou um banho demorado, escutou música, relaxou. Ligou de volta para o sorriso que iria buscá-la daqui a pouco. Quando o sorriso chegou, ela desceu e foram até o café que tinham marcado de ir com um grupo de novos amigos. As duas ficaram distantes, cada uma conversando com um grupo diferente.

No carro as duas contavam como tinha sido a noite, o quanto tinham aprendido e quando se irritaram com coisas de sempre que outras pessoas falavam e que as duas não gostavam. O silêncio dominou de novo.

-Mon amour, Je t’aime!

- Amor, você sabe que está falando que me ama...

-Eu sei, só é mais fácil falar isso em francês.

- O que?

-Sim, eu te amo. E eu sei que você não acredita...

Os olhos de big bang disfarçaram mais uma vez, por mais que não acreditasse no que ouvira o seu coração batia forte. Disparado, pensava que só poderia estar sonhando. Era a primeira vez que ouvia que a outra a amava. A felicidade de novo invadia seu peito, mesmo chateada ela não esqueceria como ouviu da boca de seu amor que era amada. Mesmo que ainda não acreditasse nisso. Não que duvidasse, ela achava possível até, mas ainda assim não acreditava que havia escutado que ela a amava.

No final da noite enquanto fechava os olhos pra dormir só conseguia pensar em algo, como aquele dia cheio de coisas para resolver, com a sua vida para mudar de vez, escutou pela primeira vez um eu te amo do sorriso contagiante.

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