quinta-feira, 31 de março de 2011

A conversa...

Então estávamos lá mais uma vez, olhando nos olhos. Aquele silêncio de sempre, por onde começar a dizer... Havíamos falado que era só amizade, mas estar cara a cara mostrava que não era bem assim. Você segurava minha mão e o meu coração batia tão forte que achei que em algum momento ele ia parar. Onde foi que estava com a cabeça quando achei que ali havia mais um sentimento de amizade? Era claro que sentia muito mais do que isso, esse sentimento é algo tão mais complexo e profundo. Agora olhando nos teus olhos, e sentindo o teu braço envolto ao meu corpo, as suas mãos me fazendo carinho e sentindo a reação que a minha pele tem quando tocas nela tive mais uma vez a certeza do que realmente se passa em meu coração. Engraçado falar que mais uma vez tive essa certeza enquanto isso sempre foi a sua incerteza. Mas agora te observando enquanto olha em meus olhos, vejo o que sente. É a primeira vez que sinto que sou retribuída e isso é tão bom. Dá uma vontade gigante de gritar pro mundo que eu sou sua, só sua. Sim, sou só sua... Porém minhas palavras frias diziam que se eu precisasse ser só sua amiga seria. Na sua voz podia perceber a sua dor enquanto me perguntava se era isso que queria. A minha voz também passou a dor que eu sentia quando falei que se precisasse ser só amiga assim seria. O que faríamos então? Apesar do que sentíamos tentaríamos apenas amizade? Não, não era isso que queríamos. Você me abraçou mais forte, colocou a cabeça em meu ombro e me olhou nos olhos. Eu retribui aquele olhar, e como no começo da conversa o silêncio dominava. Mais uma vez as palavras não eram necessárias. Eu sorri, como adoro esse nosso silêncio que diz tudo por si.

sábado, 26 de março de 2011

Substituindo Palavras


Ela estava se olhando no espelho. A imagem que via não parecia nada com ela. Normalmente ela via um olhar brilhante e sonhador, um leve sorriso no rosto e as bochechas rosadas. Porém naquele dia seus olhos estavam vermelhos, o azul era cristalino, o sorriso deu lugar a uma boca rígida e estava pálida. Essa cena é tão fora do comum que ela mesma não se reconhecia.

Enquanto olhava tudo aquilo sem entender percebeu que as lágrimas substituiram as palavras. As gotinhas salgadas já diziam tudo aquilo que seus doces lábios não tinham coragem de expressar. Mesmo sabendo disso a pequena ainda tentava se enganar dizendo que tudo isso era culpa de uma noite mal dormida.

Não tinha coragem de admitir que aquilo tudo lhe magoava, lhe doía, lhe fazia mal. Seu orgulho a impedia de colocar pra fora qualquer que fosse o sentimento. Ela não se rendia por nada.

Foi então que pela milésima vez naquele segundo olhou o celular. "-Como eu queria que me ligasses agora e falasse que estou errada. E que sentes minha falta... " pensou. Mas nenhuma novidade, o celular continuava como antes, sem nem um sinal de vida.

Resolveu parar de se olhar no espelho, ligou a torneira da banheira e resolveu tomar um banho. Entrou e sentiu aquela água quente fazendo seus músculos relaxarem. Mas nem as músicas e nem o banho faziam aquele coração e a cabeça descansarem por um segundo. Ela mergulhou naquela água, não sabia bem o que esperava quando fez isso. Mas o desespero com que tossia mostrava que não ela não queria se afogar. Depois de passar o desespero pelo ar encostou a cabeça nas pernas e assim ficou por um bom tempo.
Ao sair do banho foi direto para o quarto, se tacou na cama e então disse para o nada: "-Queria poder apenas passar uma bucha com sabão para apagar o teu nome do meu coração...".

quinta-feira, 24 de março de 2011

Ausência

Enquanto estava na frente da faculdade esperando o tempo passar ficou olhando para a rua. E em pensamentos esperava que ela viesse ao seu encontro. Chegou a imaginar a piadinha que ela faria assim que chegasse. Nesse momento pensou no quanto não gostava da idéia de se afastar e na falta que sentia das conversas, piadas, idéias e tudo o que tinham juntas.

Depois quando foi para o laboratório e passou por aquele cantinho escondido, aonde a amiga ia quando queria ficar só para escrever e pensar, olhou na esperança de vê-la poor lá. E mais uma vez imaginou como seria se fosse até ela.

Continuou seu caminho e manteve-se focada, sabia que essa distância era para o bem. Manter-se afastada era ruim e odiava aquilo, porém sabia que se continuasse perto iria feri-la e essa idéia a cortava o coração e doía bem mais do que a ausência dela.

Chegou na sala, prestou atenção em tudo o que a professora falava. Foi para casa e dormiu, pelo menos assim esquecia um pouco daquela ausência que lhe incomodava.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Emabalando o inconsciente

Havia um tempo que não me visitava nos sonhos, quase me esqueci de como era bom te ter ali enquanto dormia. Sei que a realidade supera qualquer utopia, mas não posso negar que de certa forma adoro a forma como embala o meu inconsciente. É tão natural que parece que sempre esteve ali. Essa naturalidade que é estar ao seu lado, como a conversa sai de uma maneira tranquila e simples, onde nem mesmo o silêncio que incomoda a maioria das pessoas interfere. Apesar de me assustar também me fazem bem, gosto de verdade e muito dessa espontaneidade que temos. Essa coisinha nossa, que muitas vezes não precisa de palavras para nos comunicarmos. O coração fala por nós, assim como nossas barrigas confabulam sobre o brigadeiro ou como os olhares contam segredos.

Eu aqui de novo...


Bom, cá estou eu novamente falando diretamente contigo leitor. Dessa vez com um títuo um pouco melhor, juro que nessas "férias" aqui do Black tentei melhorar isso. Enfim, como não sou muito de enrolar vou direto ao ponto.
" Eu voltei por entre as flores da estrada... pra dizer que sem você não há mais nada..." (Ruas de Outono, Ana Carolina). Essa parte dessa música linda já diz o que quero. Sim senhoras e senhores, eu voltei. Apesar dos problemas que tive no final do ano(o plágio lindo), falei com diversos amigos que me aconselharam a não abandonar o blog. Estava realmente disposta a isso, porém não consegui lutar contra algo que já faz parte de quem sou. O Black é uma parte de mim, e não vou abrir mão disso.
Durante esse hiatinho de apenas 3 meses eu produzi bastante, e tive uma boas idéias.
E agora volto com um layout diferente e com idéias também diferentes. Espero que gostem dessa nova fase do blog. E só pra quebrar um pouco a rotina de desleixo, mês que vêm esse meu filhote completa 3 anos! Uhulllll! (“E vai rolar a festa. Vai rolar. O povo do gueto mandou avisar...”) Tá parei... Então, acho que já tomei muito o tempo de vocês com essas explicações... Era só pra informar que o Baby Black está de volta, espero que gostem!
Fuiz-me
;*
PS: A foto é só pra ilustrar que eu quero voar como os balões! (brinks) Na verdade é que a imagem me dá a idéia de deixar aquilo que passou ir pra longe e voar por novos ares. (Peguei a mania de explicar a foto)