sábado, 24 de dezembro de 2011

24/12/2011
Querido Papai Noel,

Feliz Natal!

E ai muita correria  com os últimos preparativos para as entregas dos presentes?
Nunca escrevi uma carta para o senhor antes, por isso não sei por onde começar.
Bom sei que hoje é véspera de Natal e que tá meio em cima da hora, mas se sobrar tempo o senhor poderia mandar o meu presente?O que eu quero não é nada material, pra ser bem sincera eu mudei o que queria ontem.
 Até ontem eu queria que o senhor trouxesse o meu amor de volta, sabe como é, to cheia de saudades. As coisas divertidas agora não tem mais tanta graça como antes. Eu queria pode abraçar o meu amor, me sentir protegida só com aquele abraço de urso. Queria poder olhar de perto aqueles olhos tão brilhantes, que têm mania de me contar segredos. Poder ouvir a risada gostosa ao pé do meu ouvido, andar de mãos dadas, sair pra dar uma volta. E ficar conversando até pegar no sono, e o melhor de tudo, dormir abraçadinha. Desejava tanto ter de volta aqueles momentos de briguinhas, risadas, zoação, desastres e muito carinho de volta. Acordar todos os dias e dar um beijo de bom dia,  e dar um beijo de até logo antes de ir pro trabalho. E como queria voltar do dia corrido e cansativo e encontrar o meu amor em casa, me esperando para dar uma volta, deitar e dormir, ver um filme e me ensinar a cozinhar. É queria tudo aquilo que tinha com o meu amor, antes de ser "abandonada". Sei que daqui um tempo o meu sorriso perfeito vai estar aqui, mas vai ser por pouco tempo, e queria de todo coração isso... Pois é, até ontem...
Hoje eu quero que o senhor leve felicidade para o meu amor. Que o senhor dê de presente todas as coisas boas da vida nessa nova fase. Que os sonhos dela se tornem reais e que nessa nova vida ela encontre o que tanto procura. E quando ela achar que não aguenta mais ela possa descobrir que pode ir muito longe e que vá. Também desejo que o senhor de saúde pra ela, pois isso é o que mais precisa pra poder conquistar o mundo. De todo o coração eu quero que esse seja o meu presente de Natal. Quero o melhor pra quem eu amo, mesmo que esse melhor a leve para longe de mim.

Então já sabe meu querido Bom Velhinho, se sobrar um tempo dá uma agilizada nesse meu presente.

Obrigada, um Feliz Natal (de novo) e que o senhor faça boa viagem...

Alguém que só que ver quem ama feliz.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011


Pai, se assim posso te chamar, quantas vezes em meu quarto escuro lhe pedia uma orientação? Pai quantas vezes lhe implorei por um caminho certo a seguir? Quantas vezes lhe chamei querendo um pouco da sua atenção? Sei que o mundo é grande e que tem muitas pessoas a atender, mas eu só queria um sinal do senhor, apenas algo que me fizesse crer que o senhor está ai e que escuta o meu chamado.

Sei que há muito tempo eu tenho te renegado, fugido do senhor, com medo, duvidando de ti. Peço perdão por todas às vezes que te neguei, que não lhe procurei, que joguei teu nome em vão. Peço-lhe ainda mais desculpas por ser uma filha com tão pouca fé.

Tenho procurado sentir aquela fé que sentia antes, querendo acreditar no que mal acredito. É difícil voltar aquele tempo. Mas tenho me esforçado, não sei, não gosto de lhe procurar apenas quando estou na pior, por isso muitas vezes prefiro ficar em silêncio. Sei que o senhor é bom e entende todas as desculpas que filhos como eu insistem em dizer. Ou então compreende e perdoa todos os obstáculos tolos que colocamos no caminho para não lhe procurar, não lhe sentir, não lhe aceitar.

Pai, não posso negar que lhe senti por perto, que diversas vezes senti o senhor me chamando. Mas por medo preferi negar, me esconder, fingir que não te escuto. E agora estou aqui implorando para lhe sentir novamente, pedindo com todas as minhas forças para que não me abandone. Isso é tão injusto vindo de quem lhe deu pouca atenção, de quem lhe negou, de quem fugiu. Peço novamente perdão, e esse é aquele que vem do fundo do peito, da alma sabe? Daquele que realmente está arrependido.

Pai, me perdoa, me aceita como o filho perdido que quer reencontrar teu caminho. E ilumina minhas difíceis decisões.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A beleza do complicado



“É mais fácil quando se ama” e é exatamente ai que você se engana. O amor complica tudo, ele é uma das coisas mais importantes da vida e nos dá uma força sobrenatural. Mas complica. Medos que você nem sabia que existiam aparecem com ele, aquele lado seu que você não conhecia surge do nada. Sem falar das muralhas que são derrubas, deixando-a ainda mais exposta.

Tá é ótimo amar e ser amada em volta, o mundo fica mais colorido, a sensação de estar nas nuvens, sorrir por qualquer coisa. Uma felicidade verdadeira e tudo mais que todo mundo já conhece. Porém continuo achando o amor complicado de mais. Mas e a insegurança? As dúvidas? E a confusão que ele causa? Disso ninguém gosta de falar.

Vai dizer que você nunca ficou se perguntando se a pessoa que você ama também te ama da mesma forma. Me diz se nunca pensou que amava mais a outra pessoa do que ela ama você. E nunca imaginou que poderia te trocar por qualquer uma e você pirava só com isso.

Deve estar achando que eu só estou escrevendo isso porque sou “mal” amada, ou então que meu coração foi partido em mil pedaços. Só que não é nada disso, amo sim e tenho praticamente certeza que também sou amada de volta. Só que certas coisas complicaram ainda mais depois que comecei a amar. Ando não só pensando em mim, mas na outra pessoa também. O que tenho que batalhar, batalho por dois. O “eu” sumiu e surgiu o “nós”...

E mesmo sabendo do tanto que esse tal de amor complica a vida, ainda assim, eu procuro vive-lo. Quero senti-lo, tê-lo... Porque toda essa complicação vale a pena quando se está com a pessoa que achamos que é certa. E sem dúvidas tá ai a beleza do amor, é a tal da contradição...

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Impressão


Oi! Eu aqui de novo, mas hoje é por uma notícia boa. :D
Me segurei o máximo pra não contar isso quando recebi a proposta, mas queria ter algo concreto pra mostrar pra vocês.
Lá vai a bomba segura ae e tirem as crianças da sala, porque a louca que vos fala está sendo
PUBLICADA!
Pois é, recebi a proposta de uma amiga da faculdade, que é responsável pelo Caderno Dois da Gazeta do Iguaçu, para ser Colunista Colaboradora. Aceite e BUM! Sexta passada foi publicado o primeiro conto na Gazetinha. O conto que saiu na sexta-feira passada foi um que publiquei aqui no Black, mas agora tentarei o máximo escrever contos novos e dividi-los entre lá e aqui.
Então quem quiser apoiar ou simplesmente gosta das coisas que escrevo e quer ver o que tem por lá é só ficar ligado na Gazeta do Iguaçu de sexta. Ler o Caderno Dois e pronto!

E obrigada a Dary Cindra pela oportunidade :D

sábado, 12 de novembro de 2011

Todos os dias você me ganha de uma maneira diferente, pode ser através de um sorriso, de uma piadinha, de palavras doces, de um gesto fofo ou de outras maneiras... Porém também existem aqueles dias que você me afasta, com má resposta, indiferença, frieza e outros pequenos detalhes. Só que no meio disso tudo tem os dias que eu me afasto sozinha, por medo, sim por um único motivo.... MEDO! O mais estranho é que este único motivo é causado por diversas situações, insegurança, distância, todas aquelas coisas que você não fala, as que fala, e muitos outros diversos.

Só que apesar dessa mania de ganhar aos poucos e perder um pouquinho sempre acabo voltando. É como se tivesse algo que me traz de volta pra ti, algo que me puxa e prende...

É meu amor, não importa qual caminho eu decida trilhar, já que todos os caminhos me levam até você.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011


Me diz o que eu faço com essa saudade? Falei que não gosto de senti-la, mas que to tentando aprender a conviver com ela... Só que isso não está funcionando, os minutos passando, as horas correndo, os dias mudando, os meses trocando e o ano acabando e a saudade continua aqui. Não passa, não vai embora, não diminui, pelo contrário só cresce, aumenta, toma pensamentos, me destrói e tormenta. E eu que me julgava uma pessoa forte percebo a minha fragilidade em sentir tanto a falta de alguém. Como vamos acabar com ela? Qual é a saída? Você vem?  Eu vou? Nos encontramos no meio do caminho?

Aquilo que não sabia o que era



Ela estava enlouquecendo aos poucos, pelo menos era assim que se sentia. O coração cada dia mais apertado, já não havia vontade de fazer nada, a cada dia que havia passado e estava passando se sentia mais distante do mundo. Um enorme abismo a separava das pessoas que ela amava. O tempo estava a consumindo, aos poucos se trancava no seu próprio mundinho, por isso começava a pensar: “-Estou enlouquecendo... Essa falta está me fazendo pirar...”.

Olhava pela janela, a altura não lhe dava medo, pelo contrário a chamava. Sentia algo que não conseguia descrever, era como se o vento a chamasse, ás vezes chegava a pensar que se caísse ou pulasse conseguiria voar. Tinha a sensação de flutuaria no ar e seria levada pelo vento. Mas o que restava de sua lucidez dizia que isso não aconteceria. Que ela não podia voa, que não flutuaria e sabia que era essa a verdade a realidade. Mas o que era a realidade? O que é verdade? Começava a pensar que se talvez pulasse seria levada a outra realidade, já que pela sua linha de pensamento a realidade era o que vivia. Sendo assim cada um criava a sua própria realidade?

Saiu da janela, voltou pra cama, ligou o notebook e deixou músicas tocar. Como podia essa coisa que ela não sabia o que era lhe intrigar tanto. Como poderia sentir como se estivesse sendo chamada por algo que nunca nem viu. Foi então que pensou em uma frase de Camilie Claudel “II y a toujours quelque choe d’abient qui me tourmente” (Existe sempre alguma coisa ausente que me atormenta). Camilie havia enlouquecido porque amava de mais e não era retribuída, por estar tomada de uma paixão, não só por um homem, mas pela arte e não conseguia colocar essa paixão para fora. Não compreendia a beleza de sua arte e do que sentia.

Mas o que estava enlouquecendo a menina? De novo caiu nesses pensamentos. Então começou a relembrar de todos os sentimentos, sensações, pensamentos e memórias. Não obteve resposta, mas um novo pensamento iluminava o seu novo tormento. “-Sinto saudades de algo que não sei o que é, nunca vivi, nunca vi, nunca conheci. Então... A ausência de não sei o bem o que me levou a loucura”. Era assim que se via agora, achou pelo menos uma descrição para a sua possível loucura.

A música ainda tocava quando seus olhos fecharam e ela foi levada para outra realidade.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Ausente Companhia




A pequena assustava em seu quarto estava. Afundava a cabeça no travesseiro na esperança de dormir. Lá fora o vento sobrava a chuva já estava pra chegar. Ela apagou a luz na esperança de que isso fosse lhe trazer o sono, mas o contrário acontecia. No escuro todos os seus medos, insegurança, pensamentos e memórias a atormentava. Cada raio que caia a assustava, ela conseguia pelo menos manter as gotinhas salgadas guardadas. Então quando virou para o lado sentiu aquela presença. No mesmo momento alguém sussurrava em seu ouvido:

–“Achou que não iria aparecer hoje?”

-“Tinha certeza que viria. A lua, a chuva, o vento... Me trazem essa certeza.”

-“Minha pequena não são elas que me trazem, são teus medos.”

A menina virou para ver melhor os olhos de predador, porém não havia ninguém. Então se afundou de novo no travesseiro, desta vez as lágrimas não se continham. E ela pedia baixinho para que o sono viesse e a levasse até seu lugar preferido. Precisava do tempo dela, do lugar perfeito. Onde não havia medos, ansiedades, lembranças e nem a saudade.

Mas saudade do que? Perguntou-se a menina. Nem ela sabia... Como poderia sentir saudade daquilo que nunca teve? Como tinha lembranças de algo que nunca viveu? Como amava quem nunca conheceu? Qual era o caminho pra se encontrar quem não se vê? Tantas perguntas sem respostas iam tomando cada vez mais o sono. A esperança de dormir não mais existia, então levantou, ligou o computador, escolheu aquela velha playlist. No escuro as músicas tocavam e de certa maneira colocavam pra fora aquilo que ela não conseguia dizer. Escutou um barulho, correu para a sacada, um vento forte a surpreendeu, sentiu um arrepio subir pela espinha.

O sol batia na janela e a despertara. Acordara em sua cama, porém não se lembrava de como foi parar lá. Também não se lembrava de nada que havia acontecido na noite anterior. A única coisa que estava em sua mente eram aqueles olhos...

Olhos de predador.

domingo, 9 de outubro de 2011

Parceria!



Eu recebi um comentário num post do pessoal do Primeiro do Plural me perguntando se eu estava afim de uma parceria. Então alguns dias depois estava andando na faculdade e encontrei o casal Tati e Cris, que são do blog Alternativo e Aleatório, e falei sobre o comentário que tinham me enviado. A Tati, uma amiga de longa data, falou: "- Fui eu que mandei!" e então eu respondi: -"Vamos conversar!".
E nesta conversa ela me explicou que estava afim de uma parceria entre o blog dela e dos amigos dela e o Black, tipo uma troca de conteúdo e divulgação. A partir de hoje o Black é parceiro do Primeiro do Plural. O que significa que caso vocês entrem aqui e vejam algum texto não escrito por mim, não é o fim do mundo (drama on). É só uma troca saudável de texto com amigos, que escrevem muito bem. Eu sou fã do blog, leio sempre.... :P
O blog deles é mais sério do que o meu, que é uma mistura de diário com textos de alguém que escreve por amar escrever. Lá no http://primeirodoplural.wordpress.com/ eles escrevem sobre vários assuntos diferentes, e são pessoas diferentes que escrevem. Tá rolando uma coisa bem legal também com a revista Page, aqui de Foz. É os caras são responsas e tem uma coluna mensal na revista. :D
Caso alguém esteja procurando textos mais sérios, críticas sobre algum determinado assunto, ou qualquer outro assunto alternativo e aleatório o Primeiro do Plural tá lá pra isso. Mandem e-mails, comentários e até mesmo sugestões. :D
E galera do Primeiro do Plural bem vindos ao Black! Obrigada pela oportunidade e pela confiança! :D

segunda-feira, 3 de outubro de 2011


Sabe… Eu sinto falta daqueles olhos brilhantes e apaixonados me olhando, mesmo naquela época, final de Dezembro, começo de Janeiro ou então daquela nem tão longe assim,  final de Julho, começo de Agosto. Hoje não vejo mais esses olhos, nem escutei/li algo do tipo: “não to fazendo nada, só olhando você.” Sinto saudades daqueles momentos nem tão raros, onde você se atrapalhava pra falar do que sentia, ou de quando demonstrava com pequenos gestos que me surpreendiam.
Pois é amanhã faria dois meses, engraçado como está tudo tão diferente agora. A gente continua se falando bastante, mas voltamos a discutir por besteira. A minha insegurança também voltou, sem falar do fato de você esconder perfeitamente o que sente, de me deixar confusa e o pior voltou com aquele papo de: “não temos nada...” É você pode acreditar que não temos nada, e talvez nem tenhamos mesmo, mas eu... Bom eu acho que temos algo sim, temos uma história, não tão longa assim, um ano. Pois é um ano nessa coisa de “não temos nada” e seriam dois meses de assumir o que sente. Além disso, temos sentimentos, o eu acredito que já seja praticamente tudo. E sem contar dos momentos, das lembranças, do R que carrega em sua corrente junto com o beija-flor que eu também tenho.
 Pra você pode até não significar nada o dia de amanhã e nada dessas coisas que estou falando. Mas isso significa tanto pra mim. 

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Você sabe exatamente o que sinto e o que penso, sabe o que eu quero. Não tenho mais o que dizer nem explicar e nem provar, só o fato de estar aqui escrevendo essa carta e falando sobre isso já é mais uma prova.
Uma prova também da paciência que tenho contigo. Eu vivo tentando provar meus sentimentos, o que penso e o que quero na esperança de você ver, descobrir, assumir, admitir ou sei lá mais o que. Mas isso nunca acontece e eu continuo aqui. Apesar de tudo, mesmo com tudo, mesmo sem nada, sem certezas e sem nada. Continuo aqui disposta a arriscar, ou melhor sempre arriscando. Eu sei que se não der certo ou se nunca acontecer eu vou sofrer, vou ficar sem chão, mas sempre terei a mente limpa em relação a isso. Pois eu dei o meu melhor, quer dizer dei muito mais do que o meu melhor e ainda continuo dando.

domingo, 25 de setembro de 2011

Resposta pra você!

Você me disse um dia que sonhamos com aquilo que precisamos ver. E talvez essa seja a hora de você ver que pode me perder, talvez você precise perceber o que sente de verdade. São apenas suposições, quem sou eu pra dizer o que sonhos significam. O que sei é que na vida real não tem ninguém tomando o seu lugar, até porque eu não deixaria que isso acontecesse. E acredito que esse aperto no peito, essa agonia que te persegue  significam algo, está claro o que sente, você diz que admite mas na verdade não. E sim você tem o poder de decidir, mas será que consegue assumir essa responsabilidade? É está nas suas mãos me ter contigo, e se essa for sua escolha acredito que meus sentimentos continuaram a te pertencer. O que tanto tenta evitar de ver? foge tanto de quais pensamentos? Quer um conselho sincero? Não fuja desses pensamentos, nem tampe sua visão. Pense e veja, só assim poderá realmente encontrar aquilo que tanto procura.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Homem da relação?


“Eu achei que ‘x’ fosse o macho da relação...” Pois bem, eu não fico com uma pessoa porque essa pessoa é o “macho” da relação. Afinal de contas o que é ser o tal ‘homem’ da relação? É sustentar a mulher? É tratar ela igual uma princesinha mimada? É dar tudo o que ela quer? É realizar os sonhos dela?

Eu não sei o que nos dias de hoje significa ser o tal ‘man’ da situação. Mas na teoria que eu conheço não é o que procuro. Espero alguém que não viva um eu ou um você, e sim alguém que viva um nós. Não quero alguém pra pagar a conta, quero dividi-la, se for pensar bem não é só a conta. Quero poder dividir sonhos, medos, planos por mais malucos que sejam, conquistar o mundo juntos e dividir a vida.

Não quero dizer minha, nem sua, quero poder dizer nossa. Porque quando estou com alguém é isso que procuro. É aquela pessoa que vai me completar, que vai se encaixar, que eu vou me encaixar, que nos encaixamos.


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Part 1

É sempre tão contraditório, confuso e incerto.  És a melhor coisa que aconteceu em minha vida ou a pior? Acho engraçado porque sempre ouvia pessoas dizendo que era pra eu tomar cuidado, pra não magoa-la, Afinal você não merecia, já tinha passado por tanta coisa. E eu não entendia o porque dessa preocupação toda, até que um dia me contou. Então entendi e vi ali na minha frente algo que ainda não tinha percebido... Por baixo daquela muralha, daquela postura eu sou forte, havia alguém que precisava de um pouco de carinho, atenção, cuidados e até mesmo proteção. E eu senti a necessidade de ser a pessoa que iria lhe dar tudo o que você precisasse, afinal parece que entendia o como é difícil levar na cara e ainda sabia muito mais sobre a dor. Tinha uma das maiores dores do mundo. O que eu não sabia e só descobri agora era que você não consegue ver nada além dessa sua dor do tamanho do universo. Ai começo a me perguntar se algum dia você poderia perceber que não nos acostumamos com a dor e que existem outros tipos.
Tá e o que é o melhor e o pior? O melhor é que contigo eu fui me descobrindo, fui provando coisas novas, fui tomando coragem, fui aprendendo, até mesmo crescendo. Você abriu o teu mundo pra mim e deixou que eu entrasse, sempre tão sincera, falava a verdade por mais que fosse me magoar. Puxava a minha orelha, me fazia ver o que ainda não tinha percebido. Sem falar no carinho, no cuidado comigo, em me "proteger", me segurar quando eu estava prestes a cair, segurar a minha mão e dizer vamos juntas. Sempre me surpreendendo, todas as vezes que eu pensei em não dá mais, não vai acontecer, você me mostrava o contrário. Vivi as coisas mais lindas, as mais gostosas, as mais divertidas, realizei sonhos, matei vontades. No começo poderia ser aquela confusão, aquele avesso, mas com o tempo passando, e principalmente nos últimos dois meses foi tudo tão quase perfeito. Que eu cheguei a acreditar que esse talvez incerto poderia ser certo, que poderia ser Forever.

Part 2

O pior é que você é confusa, deixa-se abater pelo medo, me esconde coisas, e até mesmo mente. É recentemente descobri que você mente. E isso reflete em mim, das piores maneiras e formas. É desgastante, é cansativo, me mata aos pouquinhos. Você sabe como é imaginar que uma coisa é de uma forma e depois descobrir que é diferente. E você acha que eu to fazendo drama por besteira, é pra você pode ser besteira, mas não acho que é besteira. Não é besteira quando eu sinto dor, não é besteira quando me magoa, não é besteira quando isso interfere na minha felicidade...
O pior de tudo isso é que eu ainda continuo aqui, te amando, te querendo, pedindo a Deus para que você volte e que a gente fique junto. Quase implorando para que o tempo passe rápido, para que eu possa de novo ter você ao meu lado. Eu perdoo sempre, e "esqueço", tudo isso pra não te perder, porque acho que você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida. E nesse momento eu me pergunto, e se fosse o contrário? E se eu tivesse todas essas duvidas, se fosse eu que escondesse coisas, se fosse eu que fizesse pelo menos um pouco do que você fez?
A nossa diferença é que eu realmente te magoei uma única vez, depois dessa prometi que não faria mais e venho cumprindo isso. E você fez diversas vezes, nunca pedi para que não fizesse, pelo simples fato de que pensei que sabia como era, afinal você passou por isso. Mas não você continuou fazendo as mesmas coisas, a diferença é que foi pelas minhas costas. E eu boba e apaixonada acreditava em qualquer desculpa boba que você me dizia. O engraçado é que mesmo eu sentindo essa dor, eu continuava ali. Mas até quando eu continuarei? Até quando eu vou aguentar isso? O hilário nisso tudo é que eu me sinto culpada, por não deixar claro como me sentia, por não me impor e por aceitar essa situação.
É eu sempre aceitei, mesmo me machucando. Me matando por dentro eu ainda aceitava. E se brincar ainda aceito. Claro que ainda aceito, tanto aceito que to aqui, na frente desse computador desde ontem só esperando você ficar online pra gente conversar.

Part 3


Do que mais você precisa pra perceber que eu te amo mesmo? Do que mais você precisa pra parar com essa bobagem de medo e insegurança? Do que mais você precisa pra confiar de verdade nas minhas intenções? Do que mais você precisa pra acabar com todas essas suas dúvidas? Do que mais você precisa para parar de vez com essa coisa de não assumir o que sente nem as responsabilidades disso? Do que mais você precisa pra ficar de uma vez por todas só comigo?
Te proponho parar com esse joguinho de hoje eu gosto muito de você, hoje eu sinto que é só amizade, não eu gosto mesmo de você, mas não tenho paciência... Te proponho a parar com tudo isso, pare de me esconder as coisas, me conte tudo, eu sempre te dei liberdade pra falar sobre tudo, mesmo quando sabia que iria me magoar. Se quiser dou até um tempo pra você pensar, quem sabe passar uns dias sem nos falarmos? Que tal se eu literalmente sumir por uns dias? Será que você sentiria a minha falta? Vou jogar uma real, ontem eu pensei e ainda penso em talvez ficar com outra pessoa aqui. Isso pra testar o que eu sinto, acho que é disso que estou precisando, testar até onde vai esse meu sentimento. O problema é que penso em como isso te afetaria, em como isso poderia te magoar e desisto no segundo seguinte.
É só to muito confusa mesmo nesse momento...

Desculpa te encher com tantas coisas assim, eu só precisava por pra fora...

De alguém que você sabe que  te ama 

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Calar, silenciar, esconder, guardar, esquecer, apagar... Palavras que indicam o que deve ser feito. Tentar coloca-las em prática não significa que não dói, nem que é o que eu quero. Muito menos que é isso que vá acontecer, e também não significa que irei seguir em frente. Afinal, ainda não é o momento de seguir em frente... É só um momento de pausa, de reestruturação. Sabe como é... fechada pra balanço.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

E?


Hoje se alguém perguntasse o que eu quero da vida a resposta seria bem simples. Não quero uma única coisa, sonho alto e quero várias coisas que podem ser contraditórias, ou anular outra. Mas as quero. Não eu não estou confusa nem algo do tipo, sem bem o que quero. E como todo ser humano queria poder der tudo.
O que seria esse tudo então?
Esse tudo na visão dessa garota de 22 anos seria terminar a faculdade, conseguir aquele tão sonhado estágio (esse mesmo que venho batalhando há um mês), conseguir esse novo emprego que "surgiu"(melhor ainda seria conseguir o estágio e o emprego e trabalhar nos dois), refazer a minha vida familiar (fazer parte e me sentir parte dessa família), poder viajar para os lugares que eu sempre sonhei (meu mochilão pelo Brasil e fora dele), contar a história de pessoas diferentes e sobre como sobreviver em um lugar totalmente diferente do meu comum, ter o equipamento necessário para essa viagem e criação de histórias. Entre todas essas tem uma coisinha a mais, eu quero estar/ser/ter aquela pessoa que está em meus pensamentos, quero que ela faça parte de tudo isso, estando ao meu lado.
Essas são as coisas que eu quero agora, não sei ao certo o que quero pra daqui a 2, 5, 10 , 20 anos. Sei o que quero agora, essas são as coisas com quais eu sonho nesse exato momento. E a cima de tudo eu quero a certeza de que tudo dará certo e ficará bem.
E VOCÊ, o que quer?

sábado, 10 de setembro de 2011

Apenas ela




Porque os teus beijos não seriam o dela... Porque enquanto te beijasse estaria querendo os beijos dela... Porque enquanto sentisse o sabor da sua boca pensaria no quando eu gosto do gosto dela... Porque enquanto você me abraçasse eu iria querer os braços dela... Porque enquanto você falasse qualquer coisa, eu estaria lembrando daquela doce voz... Porque quando me olhasse nos olhos iria procurar aqueles olhos brilhantes... Porque quando sorrisse eu iria pensar no sorriso perfeito que ela tem... Porque em cada detalhe teu eu compararia, lembraria, desejaria ela...

Então não, eu não quero perder uma noite com uma desconhecida porque de tudo o que faríamos eu pensaria, lembraria e desejaria que fosse apenas ela... É, eu só quero ela... É a única que quero beijar, abraçar, ter o meu lado, perder noites... Apenas ela, aquela que amo... E estou esperando.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011


E ai como está? Eu estou na mesma, tentando me readaptar a essa nova rotina.
 Desde que você foi as coisas estão estranhas entre nós. Um dia eu percebo que você sente o mesmo que eu, pela maneira que fala comigo, pelo seu jeito na web. Mas no dia seguinte é totalmente oposto a isso. Por que disso? Por que me confundir? Sei que não tenho o direito de cobrar nada, mas não demonstre sentimentos num dia e no outro praticamente me ignore, me troque por um jogo, uma conversa ou sei lá mais o que.
Sim eu estou chateada com isso, é que hoje quando cheguei do trabalho não tinha o que fazer e resolvi ler históricos antigos do Skype. E eles começam no dia 23 de janeiro de 2011. Você me chamava de amor e não para de dizer que gostava de mim, que queria me ver logo e que sentia saudades. Na maior parte do tempo era só amor isso, amor aquilo, amor você é linda, amor eu te gosto, amor como você conseguiu me conquistar? Sem falar nas brincadeiras e na forma leve de como falava...
Sei que já faz um bom tempo, mas a situação era praticamente a mesma, estávamos longe e não sabíamos quando nos reencontraríamos. E você fazia questão de mostrar o que sentia. E eu também o fazia, só que hoje eu demonstro muito mais. Falo várias vezes o quanto você faz falta, que sonho todas as noites contigo, que eu te amo. E eu só recebo tambéns...  Me pergunto se deveria parar demonstrar isso, ser mais dura, ficar mais na minha, talvez até ser um pouco mais fria. Só que ai eu me lembro de quantas vezes você me questionou sobre isso. Lembro-me que quase te perdi por medo de demonstrar sentimentos. Então prefiro não arriscar e volto a “correr atrás”.
Quer saber, seja o que for pra ser né? Só queria que você soubesse como isso me deixa chateada, mas quer saber deve ser o cansaço. O dia no trabalho não foi nem um pouco fácil e pra complicar provavelmente a tpm esteja falando por mim. Sabe como é fico mais sensível do que o normal.
Esqueça tudo isso de verdade. Sei que não terei resposta mesmo, afinal, como posso ter resposta de uma carta sem destinatário?

Cuida-se, se divirta, fique bem...

Alguém que te ama e sente saudades

domingo, 4 de setembro de 2011

Então como eu começo?
Oi? Tudo bem?
É tá estranho... não sei bem como começar, não sei ao certo o que falar... É tanta coisa que se passa em meu coração e outras tantas na minha mente. Tudo é meio confuso, contraditório, há medos, inseguranças, certezas, incertezas, coisas que acho certas outras que acho erradas. Quero e não quero...
Tá mais a onde eu quero chegar com isso? Sorry, mas nem eu sei...
Só sei que tá doendo, sim tá doendo...
Essa tua falta constante me atinge, sinto até medo em confessar isso, me sinto um pouco mais frágil do que normalmente. Sentimentos a flor da pele, tudo tem um significado maior ainda. Qualquer coisa mínima cresce ao meu ver de uma maneira idiota, eu sei.
Quer saber... melhor deixar quieto, porque não adiantaria explicar, são coisas que só quem sente frios na barriga, que fica contanto os segundos pra sair do trabalho e entrar no msn pra conversar com alguém entende.
Talvez você até entenda, mas não pelos mesmos motivos que eu.
Engraçado como hoje de manhã essa carta tinha bem mais palavras e explicações e com o passar do dia ela ficou mais curta, isso porque eu não rabisquei ela no momento, acabei falando e jogando as palavras ao vento. Agora ela se foi...
E o mais contraditório dela é que eu espero uma resposta, mesmo sabendo que ela não é destinada a ninguém... E mesmo que fosse destinada no fundo sinto que não teria resposta.

Bom, acho que é isso...
É eu ainda não aprendi a por ponto final e nem dizer adeus, mesmo que por cartas...

P.S: Acho que é porque não tem ponto final nesse caso... E eu nem quero dizer adeus...
P.S2: Sim, isso tudo porque...

 Je t'aime! Te queiro! I love you! Eu te amo!
Tu me manques! Te echo ! I miss you! To com saudade!

Eu.

Segunda, Aquela...



É lá estavam àqueles olhos brilhantes de novo na mente dela. Se perguntava por que ele fazia isso com ela. Sim, realmente o amava, mas sabia que não era retribuída da mesma forma. Ele poderia até ama-la, mas antes dela havia tido outra. Aquela. Sim aquela que era a que ele sempre sonhou em ter, aquela que o fizera amar pela primeira vez, aquela que foi a única que ouviu um eu te amo. Aquela única que havia o deixado. Tá a menina ouviu um eu te amo, mas sabia que não era exatamente isso. Sabia que se aquela ainda estivesse por perto ele jamais a teria olhado. Tinha a certeza que se aquela voltasse ela seria deixada de lado no mesmo instante.
Pois é, ele era tudo pra ela... E ela era só a segunda pra ele. E isso ás vezes, só ás vezes a matava por dentro. Não gostava de sentir-se como se estivesse ali pra substituir alguém. Pensava no que acontecia entre os dois e tinha a impressão de em alguns momentos não estar vivendo a própria vida. Era como se aquele predador a utilizasse para viver tudo o que queria ter vivido com aquela. Como se a pequena fosse apenas uma tentativa de fechar o buraco.
A menina então fechou os olhos, segurou as lágrimas e pensou em quantas vezes ela tinha pensado nisso. Só queria ser vista por ele como ela era, não queria servir como um tapa buraco e nem queria substituir ninguém. Só queria que ele a visse, que ele a amasse, que ele se lembrasse dela por quem ela era. Não queria comparações, desejava que um dia lá pra frente ele se lembrasse desse momento por tudo o que aconteceu entre eles e não porque de alguma forma ela o fazia lembrar/ sentir o que ele tivera tido com Aquela.
Então a pequena menina virou para o lado na cama, enquanto virava sentiu aquele braço pesado a puxando. Ele chegou mais perto e falou em seu ouvido: - Já acordou meu amor?
-Faz um tempo que já estou acordada.
Ele a beijou e a abraçou mais forte...
-Algo está te deixando preocupada.
-Não está não.
Ela preferiu mentir...
-Está sim, você está mentindo. Mas não se preocupe, tudo vai se resolver. E eu te amo.
A pequena ficou em silêncio, fechou os olhos e tentou dormir novamente.

sábado, 3 de setembro de 2011

E o tal de juízo?!



Desde pequena sempre ouvi minha mãe dizer: "Você tem que tomar juízo menina!" E me perguntava o que era o tal de juízo, foi ai que decidi ir ao dicionário procurar o significado.

Significado de Juízo
s.m. Ato de julgar. 
Faculdade intelectual de julgar, entender, comparar e tirar conclusões.
Julgamento, apreciação: fazer bom juízo de alguém.
Sensatez, bom senso, tino, siso.

Tá tomar juízo seria ter bom senso das coisas? É ser sensato? ok.... Mas o que é ser sensato pra vocês?
Eu no meu peculiar jeito de ver as coisas e situação acho que juízo não tem a ver com saber o que fazer da vida, ou então fazer o que a sociedade acha como certo ou errado. Acredito que juízo vai muito além disso.
Ter juízo é fazer o seu certo, seguir o teu coração, as vezes até um pouco de loucura cabe dentro do juízo.
Pensando aqui com o tico e o teco acho que ter objetivos e lutar por eles é uma forma de ser sensato. Saber lidar com as pessoas e as respeitar é uma forma de se ter juízo. Fazer o que tiver vontade sem prejudicar alguém também é.
Acho que uma garota com seus 22 anos, que traçou metas e está lutando por elas. Que respeita as pessoas a sua volta, que sonha, que acredita, que ama. É uma pessoa que tem juízo. Sair as vezes, querer dormir por um dia inteiro, se apaixonar e lutar por esse amor, estar rodeada de pessoas independente de credo, raça, classe social , sexo e etc é ter tino.
Então não vêm me dizer pra eu ter juízo ou que preciso toma-lo. Você tem o seu juízo e eu tenho o meu. O único que pode julgar e falar se estamos certos ou errados em traçar a nossa vida da maneira que traçamos é ELE, ponto final.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Hey você,

É o temido dia chegou... E eu mal consegui dormir, acordei várias vezes e ficava em silêncio te olhando. Pedindo baixinho para que fosse um sonho e eu acordasse. E não era um sonho, realmente havia chegado o dia de dizer o adeus. O tempo aquele dia passou rápido, e conforme ia passando o aperto no peito ia crescendo, o medo tentava me dominar e ficava ainda mais difícil segurar as lágrimas. Não queria demonstrar o quanto a sua partida me afetava. Não queria parecer fraca, sei que não é fraqueza, porém mostrar sentimentos ao meu ver sempre foi o ponto fraco.
Falei um tchau, controverso, na garganta ele era um fique. Que ficou engasgado. E enquanto voltava pra casa, no ônibus, ele descia pela minha garganta rasgando. Junto com as lágrimas que não paravam de cair e que foram minhas companheiras até o sono me dominar. Essa dor é uma dor diferente, ela é confusa. Não chegou a ser um adeus, tá mais para um até logo. É um fim sem ser fim. É um ponto final que na realidade é reticencias... É um livro sem final, um filme que quando acaba a gente quer mais.
E sim eu quero mais.... Quero mais você, quero mais eu, quero mais nós!

Espero realmente que seja um até logo,

Eu.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Dúvida...


Eu já imaginava que seria assim, que ficaria 24 horas por dia monitorando minhas redes sociais pra saber se teria pelo menos um sinal de fumaça seu. Não fazia nem 3 dias direito que você foi embora, e eu já estava pirando com a sua ausência. Mal conseguia dormir, tinha um aperto no peito constante e diversas vezes me peguei relembrando dos nossos momentos. Tinha a certeza também que os primeiros dias, seriam os mais cruéis. Mas não imaginava que sentiria tanta falta assim.
Ok, legal tinha até algumas certezas, o que eu não tinha certeza é se você realmente voltaria em 3 meses, 6 meses, 1 ano ou nunca. Sei que sua passagem está marcada para novembro, mas sabia que não era bem assim que funcionava. Que você foi na dúvida se ficaria mais ou não por alguns motivos. Mas eu logo nesses 3 primeiros dias sentia uma necessidade de ter essa certeza do tempo.
Precisava saber porque tinha necessidade de avisar aos meus olhos quanto tempo eles ficariam sem ver o teu sorriso e a sua beleza ao vivo. Os lábios, que sentem falta dos seus, me perguntaram quanto tempo eles teriam que ficar sem beija-la. Os meus braços queriam saber quanto tempo levaria para poder ter seu abraço apertado de novo. Os meus ouvidos gostariam de ter uma ideia de quanto tempo ficariam sem ouvir a sua doce voz. O meu corpo por inteiro berrava a necessidade de saber por quanto tempo ficaria sem o teu. Sem mencionar o coração que gostaria de saber quando voltaria a bater junto do seu...
Eu por inteira gostaria de saber se precisaria me acostumar com a sua ausência. E essa pergunta descia rasgando por dentro, junto com aquele choro calado.

Cartas rabiscadas


Uma das coisas que mais gosto é escrever cartas, nem sempre as entrego. Porém vivo as escrevendo.
É engraçado que nos últimos tempos tenho escritos textos que mais parecem cartas que nunca entreguei. Pensando nisso resolvi criar uma coisa que nunca fiz antes aqui no Black. Fazer uma parte só com essas cartas, seria como uma coluna do blog. É ele não tem colunas, mas resolvi fazer essa. Acho importante nesse momento publicar essas cartas aqui. Quem sabe eu acabe perdendo a vergonha e o receio e envie cartas de verdade?
Essas cartas rabiscadas podem ser sobre tudo, amor, vida, amizade, solidão... Não tem um assunto certo e nem um remetente. São apenas cartas rabiscadas buscando alguém que as leia.
Enfim, é isso... A partir de agora vou postar essa coluna, que intitulei de Cartas Rabiscadas.
Espero que gostem e que quem sabe uma das cartas acabe encontrando o seu remetente...

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Improváveis Surpresas




Então era mais um dia daqueles corridos sabe, passou o dia quase todo resolvendo coisas. Correndo de um lado para o outro, estava cansada, queria deitar e dormir até o próximo ano. Mas aquela que a adorava levou para um lugar calmo, era no centro da cidade, perto de escola e clube. Porém era tranquilo, tinha aquele cheirinho de grama recém cortada, sem falar que era fresco. O amor jogou aquela toalha de melancia no chão e falou: sente-se comigo! E as duas ficaram ali, sentadas, rindo do nada, conversando. Foi então que a menina do sorriso contagiante e dos olhos brilhantes levantou e saiu andando em direção a uma árvore cortada. A outra nem entendia o que aquela louca fazia perto do muro, então ficou olhando os carros passando, às vezes o céu azul. Curtia o vento bater no seu rosto e brincar com seus cabelos.

Aquele sorriso perfeito voltou e entregou para a menina um pequeno buquê. Eram flores vermelhas, elas haviam sido retiradas da árvore cortada. E o sorriso as juntara para entregar a menina dos olhos de big bang. A menina sorria como poderia aqueles olhos brilhantes lhe fazer essa surpresa? Estava feliz e isso era visível. Ficaram abraçadas, começaram a falar sobre coisas da vida. Entraram em um assunto complicado, aquele passado recente. Uma surpresa deixou os olhos de big bang chateado, cheios de lágrimas escondidas e disfarçadas para que os olhos brilhantes de sorriso contagiante não percebessem.

Entrou no carro e foi até seu destino. Lá esqueceu por um momento o que lhe magoara. Quando aquela que a adorava voltou para lhe buscar lembrou-se de tudo. E mais uma vez preferiu ficar calada. Os olhos brilhantes percebiam que tinha algo errado, mas preferiu não forçar que os big bang falassem.

Chegou a casa, tomou um banho demorado, escutou música, relaxou. Ligou de volta para o sorriso que iria buscá-la daqui a pouco. Quando o sorriso chegou, ela desceu e foram até o café que tinham marcado de ir com um grupo de novos amigos. As duas ficaram distantes, cada uma conversando com um grupo diferente.

No carro as duas contavam como tinha sido a noite, o quanto tinham aprendido e quando se irritaram com coisas de sempre que outras pessoas falavam e que as duas não gostavam. O silêncio dominou de novo.

-Mon amour, Je t’aime!

- Amor, você sabe que está falando que me ama...

-Eu sei, só é mais fácil falar isso em francês.

- O que?

-Sim, eu te amo. E eu sei que você não acredita...

Os olhos de big bang disfarçaram mais uma vez, por mais que não acreditasse no que ouvira o seu coração batia forte. Disparado, pensava que só poderia estar sonhando. Era a primeira vez que ouvia que a outra a amava. A felicidade de novo invadia seu peito, mesmo chateada ela não esqueceria como ouviu da boca de seu amor que era amada. Mesmo que ainda não acreditasse nisso. Não que duvidasse, ela achava possível até, mas ainda assim não acreditava que havia escutado que ela a amava.

No final da noite enquanto fechava os olhos pra dormir só conseguia pensar em algo, como aquele dia cheio de coisas para resolver, com a sua vida para mudar de vez, escutou pela primeira vez um eu te amo do sorriso contagiante.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Minutinhos...


Hoje pela manhã perdi alguns minutinhos, ou melhor, muitos minutos, pensando e lembrando. Acho incrível essa capacidade de me desligar do mundo só pra relembrar detalhes que ninguém mais poderia entender como me faz feliz. Aquele olhar, as mãos juntas, os sussurro, beijos, carinhos. Até aquela cara de sono, como ela me dá um aperto no peito, é torturante ter que te acordar. E quando me lembro da imagem de você dormindo me dá uma vontade de largar tudo e voltar correndo pro teu lado.
Melhor então nem lembrar, daquele teu olhar intenso, de quando olha profundamente em meus olhos. Quando me vejo refletida neles, de quando sua mão e a minha estão juntas. De quando nossas bocas se juntam e nossos corpos se tornam um só. Nem de cada palavra que sussurra em meus ouvidos. Do colo gostoso, onde sinto uma paz, onde me acalmo (sim o único lugar que consigo ficar calma), do sono gostoso que nos faz dormir enquanto ainda conversamos.
E se parar para lembrar, cada piada sem sentido, de cada vez que fica me irritando. Das suas caretas, caras e bocas. Da naturalidade que fala as coisas mais sem sentido. Das zoações com a minha cara. Das suas manias, seus defeitos. De você sozinha estressada por algo que fiz, de você com crise de ciúmes sem sentido, de você rindo, de você chorando, de você, de você... De você comigo e eu com você de nós. Dos nossos momentos, da nossa história, do nosso não namoro, da nossa não vida de casal...
É esses minutinhos vão se tornando horas, simples assim. É só cair na tentação de pensar em você que me esqueço do resto, me perco em lembranças e o tempo voa sem nem eu perceber.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Uma nova mania...

A observava enquanto dormia, era incrível a forma tranquila que ficava embalada no sono. Um momento raro, sabia, já que era tão inquieta aquela menina. Enquanto a olhava, admirava toda aquela beleza. Seu coração ia se enchendo de sentimentos tão intensos e complexos. Era difícil entender tudo o que se passava ali dentro.
Quando a viu abrir aqueles olhos brilhantes, o sorriso surgindo e a voz doce lhe dizendo "bom dia". Percebeu o quanto gostaria de acordar todos os dias ao lado dela.
Sim era aquela doce mulher, com cara de mal, com o jeito todo "eu não preciso de proteção" e com aquela necessidade de atenção que queria ao seu lado para construir um futuro e escrever uma história.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Não quero dizer adeus

Mesmo sabendo que um dia você partiria eu desejava que esse dia nunca chegasse. E enquanto esse dia se aproximava eu desejava que quando você fosse pelo menos um pedaço de ti ficasse comigo. Mesmo que fosse apenas um pedacinho. Doía saber que de tudo aquilo que (não) fomos, do que poderíamos ser, restariam apenas lembranças.




sexta-feira, 24 de junho de 2011

O Vento


Como sempre parecia que minha vida começava a noite. Já eram quase três da manhã quando resolvi ir para o fundo de casa. Abri a porta com o maior cuidado para que ninguém ouvisse. O corredor estava escuro, detive meu medo e desci até perto da piscina. Sentei no degrau e fiquei parada sentindo o vento frio bater em minha pele. Tremi, mas nem por isso desisti de ficar ali. Fazia muitos anos que não ficava ali no quintal. Muitas coisas já haviam mudado, mas a criança dentro de mim pedia por isso.

Ouvia os barulhos dos carros e os cachorros dos vizinhos a latir, me assustei quando pensei ter visto um vulto. Nessa noite não estava querendo pensar em mais nada, estava muito confusa com tudo que vinha acontecido nos últimos dias. Aqueles olhos de felino não saiam da minha mente, assim como a lembrança daquela presença também não. Eu não podia negar que estava assustada com tudo isso. Mas sentia uma necessidade incomum de saber o que tudo isso significava.

Olhei para o céu, vi varias estrelas. Há muito tempo eu não reparava mais no céu daqui. Era tão lindo que esquecia tudo. Foi quando senti novamente a presença ao meu lado. Mas dessa vez ela não queria me fazer companhia apenas e nem me acalmar. Parecia que tinha algo a me dizer. Então olhei para o lado na esperança de ver alguém ali, mas nada vi. Mesmo assim joguei a pergunta ao vento. Abri minha boca e perguntei ao nada: - O que quer comigo? – Não obtive nenhuma resposta. O silêncio era letal e o vento ficava mais forte.

Parei então para observar as sombras que eram formadas pela luz do poste da rua, que pouco iluminava ali. Era só a sombra de uma menina, uma menina não. Eu. Pela minha reação dava pra ver que esperava ver outra coisa além dessa imagem, mas o que iria refletir se nada tinha ali além de mim. Estava arrepiada de frio minhas costas já doíam por causa do jeito que estava sentada. Não me importei.

De repente ouvi algo de diferente no ar, era como se alguém estivesse falando algo. Quem poderia ser se não havia mais ninguém ali. Me concentrei pra tentar ouvir. –Você está bem?- Foi exatamente o que escutei. Sorri e respondi: - Claro que não. - Então o vento soprou mais uma vez. O arrepio cresceu e então ouvi outra pergunta. – Por que não estas bem?- Não sabia se devia responder ou se me calava, mas como estava tomada pela coragem respondi. –Estou confusa, sinto que alguma coisa está pra acontecer. Ou acontecendo, parece que alguém está sempre comigo, mas eu não sei quem. E também não sei o porquê. Estou assustada, mas quero saber, preciso de respostas. -

Passou alguns minutos... Mas o silêncio voltou a ser mortal. Estava de cabeça baixa e frustrada por não ter conseguido nenhuma resposta. Foi quando escutei alguém tossir. Olhei pra porta do corredor, mas não havia ninguém ali. Mas tinha certeza que era dali que veio o barulho. Fiquei quieta na esperança de ouvir, ver, sentir qualquer coisa que fosse e nada. Peguei meu celular pra ver a hora, já haviam passado quase uma hora.

Estava mais tranquila do que quando sentei ali. Talvez eu precisasse de um cantinho que sentisse que era só meu. E aquele momento me fez bem. Não sei por que, mas fez. Era a primeira vez em dias que sentia paz. Levantei de vagar e fui caminhando pelo corredor. Entrei pela porta sem fazer nenhum barulho. Subi correndo as escadas, deitei em minha cama. Esperava dormir melhor essa noite...

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Pequenos Gestos


Sozinha no ônibus, o que não é comum quando estou indo trabalhar, liguei o player do Iphone e deixei tocar. Vim observando as ruas, as pessoas, o céu e a paisagem. Senti uma tranquilidade imensa. Comecei a prestar atenção nas letras das músicas e foi enquanto tocava a música Airplanes do B.O.B com a Hayley Williams. Imaginei o que pediria se soubesse que teria um pedido e que ele seria realizado. Foi automático, pensei: “Chega de ser egoísta... Sou tão abençoada por ter a vida que tenho então porque pedir algo por mim, que já tenho tanto? Pediria que no mundo não houvesse mais pobreza, que cada ser humano tivesse uma família, um lar, comida na mesa e uma situação estável. Eu queria de verdade poder ajudar a facilitar a vida daqueles que têm uma vida tão dura.

Pode parecer meio cliché isso tudo, porém eu realmente desejava isso e ainda desejo. Recomecei a pensar de que maneira eu poderia contribuir para um mundo melhor. Tenho consciência de que se cada um fizer uma pequena parte as coisas podem mudar de verdade.

Fiquei ainda mais inspirada quando descobri dois blogs. Um é o “365 nuncas” onde Steffania e Elisa tiveram a brilhante ideia de contar como é fazer algo que nunca tinha feito antes todos os dias, vale de tudo, sair distribuindo elogios pela rua, pegar carona num guarda chuva, ligar na TIM e pedir para que o atendente lhe conte uma história ou até mesmo nadar pelada em Copacabana. E o outro é o “grite poesias” que é uma iniciativa de distribuir poesias por ai, já que segundo as moderadoras do tumblr “o poeta é uma necessidade orgânica da sociedade.”

“Tá, mas onde a sua vontade de ajudar o mundo esses dois blogs se juntam?” No simples fato de que as iniciativas dos dois me fizeram querer ter uma também. Não vou fazer um blog sobre minhas experiências, mas vou tentar fazer algo diferente todos os dias sim, por menor que seja. Vou distribuir elogios e conversar com pessoas que nunca vi antes. O ser humano tem necessidade de ter um pouco de atenção e eu posso doar um pouco do meu tempo para um desconhecido. Sei que esses pequenos gestos fazem a sua parcela de diferença. E eu sempre fui admiradora de pequenos gestos.