sexta-feira, 28 de outubro de 2011


Me diz o que eu faço com essa saudade? Falei que não gosto de senti-la, mas que to tentando aprender a conviver com ela... Só que isso não está funcionando, os minutos passando, as horas correndo, os dias mudando, os meses trocando e o ano acabando e a saudade continua aqui. Não passa, não vai embora, não diminui, pelo contrário só cresce, aumenta, toma pensamentos, me destrói e tormenta. E eu que me julgava uma pessoa forte percebo a minha fragilidade em sentir tanto a falta de alguém. Como vamos acabar com ela? Qual é a saída? Você vem?  Eu vou? Nos encontramos no meio do caminho?

Aquilo que não sabia o que era



Ela estava enlouquecendo aos poucos, pelo menos era assim que se sentia. O coração cada dia mais apertado, já não havia vontade de fazer nada, a cada dia que havia passado e estava passando se sentia mais distante do mundo. Um enorme abismo a separava das pessoas que ela amava. O tempo estava a consumindo, aos poucos se trancava no seu próprio mundinho, por isso começava a pensar: “-Estou enlouquecendo... Essa falta está me fazendo pirar...”.

Olhava pela janela, a altura não lhe dava medo, pelo contrário a chamava. Sentia algo que não conseguia descrever, era como se o vento a chamasse, ás vezes chegava a pensar que se caísse ou pulasse conseguiria voar. Tinha a sensação de flutuaria no ar e seria levada pelo vento. Mas o que restava de sua lucidez dizia que isso não aconteceria. Que ela não podia voa, que não flutuaria e sabia que era essa a verdade a realidade. Mas o que era a realidade? O que é verdade? Começava a pensar que se talvez pulasse seria levada a outra realidade, já que pela sua linha de pensamento a realidade era o que vivia. Sendo assim cada um criava a sua própria realidade?

Saiu da janela, voltou pra cama, ligou o notebook e deixou músicas tocar. Como podia essa coisa que ela não sabia o que era lhe intrigar tanto. Como poderia sentir como se estivesse sendo chamada por algo que nunca nem viu. Foi então que pensou em uma frase de Camilie Claudel “II y a toujours quelque choe d’abient qui me tourmente” (Existe sempre alguma coisa ausente que me atormenta). Camilie havia enlouquecido porque amava de mais e não era retribuída, por estar tomada de uma paixão, não só por um homem, mas pela arte e não conseguia colocar essa paixão para fora. Não compreendia a beleza de sua arte e do que sentia.

Mas o que estava enlouquecendo a menina? De novo caiu nesses pensamentos. Então começou a relembrar de todos os sentimentos, sensações, pensamentos e memórias. Não obteve resposta, mas um novo pensamento iluminava o seu novo tormento. “-Sinto saudades de algo que não sei o que é, nunca vivi, nunca vi, nunca conheci. Então... A ausência de não sei o bem o que me levou a loucura”. Era assim que se via agora, achou pelo menos uma descrição para a sua possível loucura.

A música ainda tocava quando seus olhos fecharam e ela foi levada para outra realidade.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Ausente Companhia




A pequena assustava em seu quarto estava. Afundava a cabeça no travesseiro na esperança de dormir. Lá fora o vento sobrava a chuva já estava pra chegar. Ela apagou a luz na esperança de que isso fosse lhe trazer o sono, mas o contrário acontecia. No escuro todos os seus medos, insegurança, pensamentos e memórias a atormentava. Cada raio que caia a assustava, ela conseguia pelo menos manter as gotinhas salgadas guardadas. Então quando virou para o lado sentiu aquela presença. No mesmo momento alguém sussurrava em seu ouvido:

–“Achou que não iria aparecer hoje?”

-“Tinha certeza que viria. A lua, a chuva, o vento... Me trazem essa certeza.”

-“Minha pequena não são elas que me trazem, são teus medos.”

A menina virou para ver melhor os olhos de predador, porém não havia ninguém. Então se afundou de novo no travesseiro, desta vez as lágrimas não se continham. E ela pedia baixinho para que o sono viesse e a levasse até seu lugar preferido. Precisava do tempo dela, do lugar perfeito. Onde não havia medos, ansiedades, lembranças e nem a saudade.

Mas saudade do que? Perguntou-se a menina. Nem ela sabia... Como poderia sentir saudade daquilo que nunca teve? Como tinha lembranças de algo que nunca viveu? Como amava quem nunca conheceu? Qual era o caminho pra se encontrar quem não se vê? Tantas perguntas sem respostas iam tomando cada vez mais o sono. A esperança de dormir não mais existia, então levantou, ligou o computador, escolheu aquela velha playlist. No escuro as músicas tocavam e de certa maneira colocavam pra fora aquilo que ela não conseguia dizer. Escutou um barulho, correu para a sacada, um vento forte a surpreendeu, sentiu um arrepio subir pela espinha.

O sol batia na janela e a despertara. Acordara em sua cama, porém não se lembrava de como foi parar lá. Também não se lembrava de nada que havia acontecido na noite anterior. A única coisa que estava em sua mente eram aqueles olhos...

Olhos de predador.

domingo, 9 de outubro de 2011

Parceria!



Eu recebi um comentário num post do pessoal do Primeiro do Plural me perguntando se eu estava afim de uma parceria. Então alguns dias depois estava andando na faculdade e encontrei o casal Tati e Cris, que são do blog Alternativo e Aleatório, e falei sobre o comentário que tinham me enviado. A Tati, uma amiga de longa data, falou: "- Fui eu que mandei!" e então eu respondi: -"Vamos conversar!".
E nesta conversa ela me explicou que estava afim de uma parceria entre o blog dela e dos amigos dela e o Black, tipo uma troca de conteúdo e divulgação. A partir de hoje o Black é parceiro do Primeiro do Plural. O que significa que caso vocês entrem aqui e vejam algum texto não escrito por mim, não é o fim do mundo (drama on). É só uma troca saudável de texto com amigos, que escrevem muito bem. Eu sou fã do blog, leio sempre.... :P
O blog deles é mais sério do que o meu, que é uma mistura de diário com textos de alguém que escreve por amar escrever. Lá no http://primeirodoplural.wordpress.com/ eles escrevem sobre vários assuntos diferentes, e são pessoas diferentes que escrevem. Tá rolando uma coisa bem legal também com a revista Page, aqui de Foz. É os caras são responsas e tem uma coluna mensal na revista. :D
Caso alguém esteja procurando textos mais sérios, críticas sobre algum determinado assunto, ou qualquer outro assunto alternativo e aleatório o Primeiro do Plural tá lá pra isso. Mandem e-mails, comentários e até mesmo sugestões. :D
E galera do Primeiro do Plural bem vindos ao Black! Obrigada pela oportunidade e pela confiança! :D

segunda-feira, 3 de outubro de 2011


Sabe… Eu sinto falta daqueles olhos brilhantes e apaixonados me olhando, mesmo naquela época, final de Dezembro, começo de Janeiro ou então daquela nem tão longe assim,  final de Julho, começo de Agosto. Hoje não vejo mais esses olhos, nem escutei/li algo do tipo: “não to fazendo nada, só olhando você.” Sinto saudades daqueles momentos nem tão raros, onde você se atrapalhava pra falar do que sentia, ou de quando demonstrava com pequenos gestos que me surpreendiam.
Pois é amanhã faria dois meses, engraçado como está tudo tão diferente agora. A gente continua se falando bastante, mas voltamos a discutir por besteira. A minha insegurança também voltou, sem falar do fato de você esconder perfeitamente o que sente, de me deixar confusa e o pior voltou com aquele papo de: “não temos nada...” É você pode acreditar que não temos nada, e talvez nem tenhamos mesmo, mas eu... Bom eu acho que temos algo sim, temos uma história, não tão longa assim, um ano. Pois é um ano nessa coisa de “não temos nada” e seriam dois meses de assumir o que sente. Além disso, temos sentimentos, o eu acredito que já seja praticamente tudo. E sem contar dos momentos, das lembranças, do R que carrega em sua corrente junto com o beija-flor que eu também tenho.
 Pra você pode até não significar nada o dia de amanhã e nada dessas coisas que estou falando. Mas isso significa tanto pra mim.