quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Os pecados


Qual foi o pecado desta menina que agora chora?
Terá sido acreditar nas pessoas?
Ou foi a coragem de ser quem é?
Talvez poderá ter sido ser leal...

Qual dos sete pecados ela cometeu?
A vaidade?
Cuidando-se de mais,
amando a si mesma
passando maquiagem para esconder suas lágrimas?

Pode ter sido a luxúria...
Já que não negou o sexo
Provou até mesmo uma flor,
semelhante a sua.
Gostou, queria mais...
ahhh como queria!

O pecado foi a gula?
Por comer muitos doces,
ou esperar algo da vida?
A gula por mais esperança...
Por um futuro melhor

Talvez o pecado da doce menina
não tenha sido os capitais
mas sim a fé
no ser humano
no futuro

Lágrimas ainda caiam
e a menina sabia
que naquele momento
o pecado maior
foi causado pelo amor
o qual a fez se entregar
de corpo, alma e coração

E ainda pecava
Tentando transformar
seus sentimentos
em palavras
através de um poema
mal escrito
mas ditado
e provavelmente mal interpretado


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Até mais Cilada


Eu te amo Porra!
To cansada de esperar por esse dia que não chega, por palavras que não são ditas e por ações não realizadas. Essa sua mania de fugir, de ocultar, de negar e de não tentar. Aonde foi parar a coragem?
Onde está o tal amor que tanto diz sentir?
A situação é mais fácil do que pensa, na verdade é essa sua cabeça dura que complica. Me disse que tinha apenas duas mãos e o maior sentimento do mundo, mas para esse tal mundo preferiu falar sobre o vazio e que se fosse mais profundo seria Drummond. Pois esse poeta que disse, eu não posso tocar e nem amar.
O que mais me irritou nisso tudo é que foge de mim como um rato foge de um gato, mas quando precisou de alguém para fazer algo por ti, fui tua primeira opção. Algo que deveria ter feito antes, que sabia que ia ser pedido, mas preferiu gastar o seu tempo livre por ai...
Então chega, agora quem precisa de um tempo para pensar e decidir algo sou eu...
Até logo bom amigo.

Convite

Quero um grupo de pessoas, de amigos, de amores... Que possam curtir um domingo a tarde ao meu lado, andado de patins, caminhando, fazendo piqueniques. Nesse grupo o que vale são as ideias para transformar um dia como o Domingo no melhor de todos, onde o que importa é a propagação da Paz e da Felicidade. Quem sabe até um momento meio Paz e Amor... Dançando e pulando em uma roda ao som do violão.


Que esses meus amigos me ajudem a trazer um pouquinho de companhia àqueles que se sintam só, que gritemos no meio do asfalto que no meio de uma cidade existe um coração, pulsando, batendo e repleto de histórias para contar.
Convido você, seu irmão, sua vizinha, amiga e namorada... Todos estão convidados para dizer não ao tédio e a preguiça e até a melancolia de um domingo. Todos são bem vindos, assim como as ideias do que fazer com as tardes do dia...
Quero ir a praia, mesmo que na minha cidade não exista mar, quem disse que não podemos inventar? Criar? Imaginar? Não há limite para a imaginação e para essas aventuras.

Talvez eu queira achar um pouco daquela época em que os jovens sentavam e conversavam, trocavam pensamentos, sentimentos, sem a tal da internet.
Falei tanto o verbo querer na primeira pessoa, que podem até questionar o meu ego. Mas na realidade o maior desejo é que esse meu QUERO se torne rapidamente um QUEREMOS, sem limite para quantas pessoas irão querer.


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Quem conhece o céu?


Era tarde da noite e Selina estava encostada no balcão do bar, bebendo algo para "adoçar" a vida. Quieta em seu canto nem percebeu que Gabriel chegou e sentou ao seu lado. Logo ele fez um cafuné em sua cabeça e a puxou para perto. Ela olhou querendo gritar e brigar com aquele que a tirou de seu "momento", mas ao ver seu amigo apenas sorriu e então falou:
-Que bom que é você e não outro idiota...
- É ótimo saber que me ama e que ainda continua tão doce Cara de Lua!
Selina sorriu e abraçou o amigo. Os dois continuaram ali por um tempo, apenas sorrindo um para o outro em silêncio e bebendo suas doces bebidas. Chegou um momento em que a garota ia saindo e seu amigo a segurou pelo braço:
-Não parece estar feliz...
-Sou obrigada a sorrir sempre?
-Desculpe-me madame, só gostaria de poder ter a sorte de ver uma das maravilhas desse mundo.
-Só não ando muito habilitada com essas máscaras que a sociedade insiste em colocar nas faces de todo ser humano.
-Estas revoltada mesmo minha pequena.
-Cansada de ser uma eterna romântica e de querer mudar o mundo Bi, só isso...
-Me dê uma chance de mudar o seu mundo, de lhe mostrar que o romance não está perdido e nem a humanidade.
-Sabe que somos amigos, apenas bons e adoráveis amigos.
-Por que insiste em negar...
-Negar mais um erro? Nós dois sabemos que sempre seremos ótimos amigos e que se misturarmos qualquer sentimento além desse, haverá complicações e nenhum dos dois sairá ileso.
-E se eu quiser me queimar?
- Se queimar?
-Funcionamos bem como amigos, mas também somos ótimos juntos de outras formas... O que me diz de uma amizade colorida, daquelas que servem apenas pra quando estamos carentes e precisando de um carinho a mais....
-Podemos nos magoar ainda mais, não sei se teria coragem de arriscar isso contigo. Prefiro lhe ter ao meu lado como amigo, do que lhe perder por uma tolice...
Gabriel não esperou nem mais um segundo, puxou Selina pelo braço para mais perto, olhou fundo em seus olhos e lhe deu um beijo. Era como se tivessem encontrado o caminho do céu, mas o que não esperavam é que na verdade estavam mais perto ainda do inferno.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Saudades da fulga


Ariel não era o tipo de menina ligada ao mundo que chamam de futilidades, não sabia qual era a marca do momento, os sapatos mais belos nem quais calças combinavam com tal blusa. Nunca foi de ficar ligada em novelas e nem na TV aberta. Se fechava num mundo próprio, onde quem criava sua "moda" era ela mesmo, vestindo o que achasse mais a sua cara, era apaixonada por botas, sim gostava de saltos altos, mas os trocava bom um all star. Preferia filmes, seriados, cartoons e animes do que aqueles programas sangrentos e cheios de tragédia. Acreditava em Deus da maneira dela, até orava a noite, mas pedia pela luz divina em seu caminho, para tomar as decisões certas.
A moça era mais amiga de professores do que dos colegas de sala de aula, apesar de sempre estar sorridente e não dispensar uma dança, muitas vezes queria chorar e se esconder no banheiro. Era por esses motivos que sentia-se mais a vontade com com um papel e caneta ou então na frente do computador colocando o que sentia ali e criando o seu mundinho.
Só que já haviam se passado quase seis anos daquele tempo, ela tinha amadurecido e compreendia que não poderia ficar ligada apenas ali. Então foi aprendendo um pouco sobre moda, o que fez com que descobrisse um pouco do seu estilo pessoal. Percebeu que era uma garota que gostava mais de música pop, mas nos seus momentos de escrita preferia melodias mais calmas com letras profundas. Agora mal falava com os professores e era até meio que "popular" entre sua turma, afinal fazia amizades facilmente no bar. Ela parou de desenhar e de pintar, apesar de sentir saudades, mas raramente dizia ainda. A única coisa que sentia que continuava da mesma forma era sua paixão pela escrita. Podia até ficar um tempo sem escrever, mas não muito tempo, se não enlouquecia. Era por isso que quando se comprometia com algo que envolvia a sua escrita e criatividade era tão severa e comprometida, não esperava nada menos dos outros. Afinal, se mesmo com outras coisas para se dedicar ela tirava um tempo para fazer suas tarefas, porque os outros não poderiam tirar também?! Isso mostrava o quanto era responsável. Mesmo perante aos olhos dos outros parecer ser mandona, ela só queria que retribuíssem pelo esforço que ela doava.
Ouviu que era egocêntrica  que queria ser superior, que sua mente do mundo era fechada, mesquinha, e achou mesmo que levou uma pela rasteira. Enquanto ela pensava no que aquela que a acusava de mil e um pecados não conseguia perceber que ao se tratar de comprometimento, era nulo, pulou fora, mesmo que olhando de longe, quando a coisa ficava feia, sobrava para Ariel resolver.
Mesmo abalada e triste com tal situação isso não faria ela mudar quem era e continuaria a ser comprometida, responsável e exigente consigo mesmo. Dane-se a visão alheia, porque mesmo quando se trata de responsabilidade com algo que não lhe dê "lucro" Ariel sabia muito bem o quanto isso era importante para treinar seu desenvolvimento na escrita e também lhe taria algum tipo de experiência, que no futuro poderia lhe ajudar no campo profissional.
A questão agora não era essa, mas sim o fator dela sentir falta do seu velho caderninho de anotações para colocar suas ideias, desabafar e esquecer mais uma vez daquele mundo tão hipócrita e cheio de sangue. É, naquelas últimas semanas Ariel queria mesmo esquecer de tudo e voltar para aquela época em que podia viver apenas do seu mundinho particular.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A resposta



Era quase 5h30 da manhã quando Serena acordou assustada, estava de novo tendo pesadelos. Resolveu levantar e foi até sua caixa de papéis de carta. Pegou a caneta e começou a escrever... Ela não pararia enquanto não terminasse aquela resposta que gostaria de dar.

"Quanto ao problema de "perdoar" não se preocupe, isso vem como o tempo, assim como em outras situações, como a maturidade. Não se sinta mal por esse seu "defeitinho", acontece, todos temos e o meu é ser uma doida varrida! Eu estou bem, tirando um tempo pra mim e louca pra voltar a trabalhar, sair, me divertir e viver. Voltei a ler muito, o que me lembra que você está com um livro meu, se puder, adoraria poder terminar de lê-lo, se não pode ficar como um presente/ recordação de quando trocávamos livros ou liamos juntos. Acredito que seja ótimo que voltou a fazer planos esse ano, demorou mais conseguiu, e não esqueça daquele meu conselho que qualquer plano vale a pena e que você não deve perder a esperança nunca, pois ELE pode te tirar do caminho que queria, mas lhe colocará em um caminho ainda melhor. Já eu nesta área, estou sem planos ainda e sem sonhos (além daquele de conhecer Paris, a Disney e Las Vegas, ou melhor viajar pelo mundo). Vou deixando a vida me levar e tentando achar o meu espaço nesse mundo tão grande.
O vazio, uma coisa que nós continuamos a ter em comum, será que é mesmo aquele tipo de amor que procuramos e não encontramos? Aqueles de conto de fadas? Sim, apesar de negar, você sabe melhor do que todo mundo, que sou uma eterna e incorrigível  romântica, mas um dia ainda espero aprender a não ser. Ou melhor ser, para poder continuar a escrever, sabe que isso eu até que faço bem e adoro... Quando ao conversar como você fazia comigo e eu também tentava fazer contigo, é uma das coisas que mais tento, mas ele não está afim de se aprofundar nos papos, vive dizendo que não quer se expor, que eu tenho que parar de querer questionar sobre ele e sua vida. Então estou de mãos atadas, afinal, só olhando a forma como a pessoa reage não tem como né? E a infantilidade atrapalha e muito nesse ponto, já que eu to tentando crescer, expandir os horizontes. Mas vamos ver até onde vai, no momento estamos no que podemos rotular de "dando um tempo", mas você e o Brasil inteiro sabe que eu não acredito nisso. E já tomei algumas decisões que serão complicadas de serem desfeitas.
E me desculpe, não queria falar mal do seu signo que tanto conheço, mas temos que saber que eu não sou a única culpada e o texto era meu colocava a culpa em quem eu quisesse... (brincadeira viu?)
Sim, piadas e brincadeiras tolas sempre nos ajudam a relaxar quando o "mundo" estão sobre nossos ombros.
Vou lhe dar um tempo como pediu para pensar e para aprender a perdoar, mas já agradeço desde já a sua resposta, eu estava errada.

Quanto aos termos que me passou, seguirei todos, inclusive o do hospício  mas esse eu tenho que tentar ver se eles me internam primeiro, ai quem sabe você me visita lá... Se bem, que poderia ficar preso por lá, já que somos amigos estranhos com loucura crônica.

Se quiser falar comigo, pode me mandar um e-mail ou me procurar de outra forma. (To tentando lhe dar espaço para agir da maneira que preferir).

Beijos e abraços apertados
La folle fleur, ou leãozinho"

Serena fechou as páginas, colocou em um envelope e guardou em sua carta de pequenos segredos.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013


Querido amigo,
 
como vai você? O que tem se passado na sua vida depois que sai dela? Os teus planos e sonhos tem se tornado realidade? Você em algum momento sente a minha falta?
Chega de falar de você, me desculpe, aprendi a ser um pouquinho egoísta, e tenho que admitir que foi contigo, todas as vezes que me falava que eu deveria pensar em mim. Estou bem, pelo menos é como me sinto, apesar daquele velho vazio, o qual parece que nunca acho o que lhe completa. Quanto ao amor, é estou apaixonada, mas não é daquela forma como esperava sabe, não sinto aquela intensidade e várias coisas faltam. Começando pela falta de maturidade (das duas partes admito), pela confiança, falta de dialogo mais profundo (aqueles referente a vida sabe, ao gosto de cada um, aquilo que nos faz ir conhecendo aos poucos quem está do nosso lado).  No restante não tenho o que reclamar, é um ótimo rapaz, apesar de conseguir ser mais confuso que eu em alguns momentos.
Deve estar perguntando o porquê falar disso justo contigo, mas é que sinto sua falta e não é daquela forma que você pode pensar que eu sinto. É da conversa, da confiança, da compreensão, das broncas, risadas e do modo como sua amizade me fazia bem. Sim A-M-I-Z-A-D-E, sempre lhe falei isso, que esse tal sentimento era maior do que qualquer outro e mais importante também.

Ai... Queria tanto poder lhe falar de todas as vezes que sinto dúvida em relação a algo, ou quando sinto medo por uma idiotice qualquer. Sabe quando eu tinha minhas dúvidas e não fazia nada a não ser chorar? Então, eu não tenho mais o seu colo e também não choro mais, porém ainda sinto aquele vazio das suas piadas sem sentido sobre cachorro quente ou qualquer outra besteira que me faziam esquecer dos problemas por um minuto.
Sim, preste atenção nisso, você pode me odiar, eu sei disso, me achar a pessoa mais sem nexo do mundo e a louca que deveria estar mofando em um hospício. Mas eu também era aquela em quem você confiava, que muitas vezes dizia aquilo que não teria coragem para dizer a mais ninguém, que caia a cada passo, batia a cabeça em algum lugar nas horas mais importunas e que te fazia sorrir. Será mesmo que não podemos esquecer de todas as coisas que nos afastam já que superamos toda aquela história e nos focar na amizade que nos fazia tão bem?
Sim, juro por tudo, eu superei, aprendi com os erros e tenho que admitir que a maioria da culpa é minha, mesmo você sendo totalmente maníaco por controle e sendo obsessivo.
Poderíamos ser amigos sinceros mais uma vez? Daqueles que saem pra tomar um sorvete, colocar o papo dia e ligar quando sente dúvidas sobre como agir em relação a assuntos que não sabe mais com quem falar, porque só falava contigo?
Sei que provavelmente não responderá esta carta, mas pelo menos fiz a minha parte levantando a bandeira branca.
Obrigada por tudo mesmo,

Beijos e abraços,
uma velha amiga que você costumava chamar de Bubasauro