sexta-feira, 8 de abril de 2011

A tranquilidade em meio ao caos

O mundo lá fora desmoronava da sua maneira. Eram tantas coisas que se passavam nas nossas cabeças. Procurávamos soluções para problemas que nos perseguiam. No fundo eu só queria achar uma que não magoasse ninguém. Como eu odiava aquela situação toda. Me sentia culpada por tudo. Queria sumir, queria correr, queria não sentir o que sentia por você. Então me puxou para mais perto e deitei em seu colo. Escutava seu aquele coração batendo e senti que ele bateu mais rápido quando falei que se sumisse seria para lhe dar um tempo para pensar nas possibilidades que tínhamos. Então levantei pra me afastar, mas você pegou a minha mão e a levou até seu peito. Senti mais uma vez teu coração disparado. Mais uma vez olhou nos meus olhos e falou: - Sentiu? Viu o desespero dele? Eu respondi: -Sim, escutei quando estava deitada em seu colo. Puxou-me de novo pra mais perto, me deu um beijinho no nariz, fechamos nossos olhos.
Quebrei o silêncio, odiava quebrá-lo, mas precisava. -Sabe, é engraçado o modo como está acontecendo tudo isso... Mas quando deito no seu colo e escuto seu coração batendo é como se tudo fosse um sonho. O mundo para, as coisas ruins ficam lá fora. É como se nada ruim fosse acontecer. O resto se torna apenas o resto...
Era isso que acontecia. Enquanto estávamos ali, conversando ou não, com os olhos cheios de lágrimas ou sorrindo bobamente, fazendo as escolhas, pensando em tudo... O resto se tornava apenas o resto. Mais nada importava quando nos abraçavámos, tudo o que acontecia fora daquele quarto se tornava insignificante.

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