terça-feira, 20 de novembro de 2012
Confiança
Ela já sabia que relacionamentos são feitos de confiança, seja qual for o tipo de sentimento e situação que envolve as pessoas. A confiança é praticamente o laço básico que une as pessoas, mas e quando ela é quebrada? Fica a dúvida se deve ou não dar uma segunda chance, ou se simplesmente já era. Nesse caso Rachel preferiu dar uma segunda chance para Mathew, eles seguiam bem. Ela gostava de estar ao lado dele e de tudo o que vinha junto. Era feliz, de verdade, mesmo às vezes não parecendo, ele era o novo cara que fazia seu coração bater mais rápido e forte.
Até que em uma noite qualquer ele sussurra no ouvido dela um pedido:
-Me ame!
-Como?
-Eu quero que você me ame...
Depois ele ainda lhe faz uma pergunta:
-Por que é tão complicado?
Na hora Rachel não soube responder, apenas falou que não entendia o por quê era, mas que tentaria. Em outra noite, olhado as estrelas no céu tudo pareceu claro. A confiança, estava ai o porquê não conseguia ama-lo. Era o fato de não conseguir confiar no rapaz, não somente pelo erro que a fez perder o pouco de confiança que tinha. Mas também por acreditar que ainda era muito cedo pra depositar toda a sua confiança nele, afinal de contas, até onde sabia ele era um ladrãozinho de corações. E pelo que tinha visto naquele dia, em que descobriu a mentira, continuava a ser. Poderia ser uma coisa da idade, de querer provar que é homem e que mesmo comprometido ainda chama a atenção de outras meninas. Porém, aquilo ainda batia na cabeça da Rachel, por quê mesmo ele não contou que "queria" outra? Ela não se importaria, até ajudaria nesse caso.
Mas enfim, a falta de poder acreditar no rapaz a fazia ficar desconfiada e qualquer atitude era fácil para fazer com que mil planos fossem feitos. Tudo o que ela esperava que ele fizesse e não acontecia tinha um motivo que misturava a tal da falta dessa coisa chamada confiança, o fato de enganar, de mentir e de brincar com a garota.
E agora? O que faria? E menos de dois segundo já tinha mais uma decisão... Era muita coisa pra decidir em menos de 7 dias. Desta vez vai esperar por atitudes, não as tomará primeiro. Esperar mais uma vez, e se nenhuma provar que ela pode sim começar a confiar nele ela irá fazer o máximo para reabrir o coração e deixar-se amar novamente. Só que isso não passava de uma hipótese...
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Louca de Pedra
Há última oração já aconteceu há muito tempo, naquele onde a
pequena ainda tinha um pouco de esperança e também sonhos. Atualmente seus pés
não flutuavam mais, ela não desejava salvar mais o seu próprio coração, tão
quebrado, tão esmagado que os novos curativos já não aguentavam e se
arrebentavam.
Não sabia se isso era ser esperta ou se era burrice, mas
quando se sentia triste ela corria para a memória, para a nostalgia. A explicação
era de que nesses momentos de alucinação passada ela poderia controlar os
momentos bons, esquecer os ruins e ser feliz. Tudo era felicidade e mais belo
no passado.
Já era outra manhã, depois de uma noite mal dormida e cheia
de sonhos que lhe enchiam de amor. Abriu os olhos, foi pro banho, olhou pro
espelho e sorriu. Cômico! Sentia-se bem de mais, feliz de mais, linda de mais,
tudo o que fosse possível de ser positivo, ela que era tão negativa assim. E nem
aconteceu nada para que o humor mudasse tão drasticamente, pelo contrário,
todas as cobranças que tinha a faziam querer cair, mas ela sentia-se bem de
mais. Mais novamente, essa palavra ta passando muito pela vida dela, eita frequência!
Andou pela rua sentindo uma vontade inconsequente de gritar
bem alto que ama! Sim que ama a si mesma! Olha só, será que aprendeu?! Odiava o
sol, mas não se escondia dele, corria atrás dos raios para esquentar seu corpo
frio, dançava no meio fio. Menina louca de pedra, pedra de louca, já estava
rouca e continuava a gritar:
-Amor, amorzinho, amorzão! Meu pequeno passarinho que me faz voar. Chegue de surpresa, me jogue na mesa... Amor, amorzinho e amorzão, vem rapidão. Sem vergonha, me pega pelas costas e prove que me quer.
-Amor, amorzinho, amorzão! Meu pequeno passarinho que me faz voar. Chegue de surpresa, me jogue na mesa... Amor, amorzinho e amorzão, vem rapidão. Sem vergonha, me pega pelas costas e prove que me quer.
As rimas dela não faziam sentido, nem tinham algum
significado e muito menos ela sabia rimar. Mas essa era a graça da coisa. E
quando alguém a olhava com aquele ar de superior ela retribuía o olhar e
falava:
-Caralho! Buceta! Puta! Pau! Pauta! Flauta! Arghhhh!
-Caralho! Buceta! Puta! Pau! Pauta! Flauta! Arghhhh!
E ria novamente, sem parar, sua barriga doía, seus olhos
cheios de lágrimas, mas ela não parava. Stop veio quando uma criança dos olhos
azuis cor do céu, cabelos emaranhados da cor do sol sorriu com ela. Ahh
crianças, como sempre não conseguem ver a tristeza, nem mesmo quando estão a
sua frente beirando a loucura.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Ainda Aqui (Tic-Tac)
Essa sou eu, sentada no mesmo lugar, ainda aqui. O tempo passou, rápido, depois lento, depois meio termo, ai ficou rápido de novo, lento de novo e passou passado. E eu onde estou? Ainda aqui, sentada no mesmo lugar. Provavelmente esperando algo que nunca irá acontecer. É estranho, sinto como se algo fosse acontecer e tudo fosse mudar.
Quem sabe aquela mensagem de sinto sua falta/lembrei de você/to com saudades/te gosto/te adoro/te amo e até mesmo um te odeio seguido de um "porque queria você aqui comigo agora" pode chegar e pelo menos me fazer pensar em algo diferente. Sim, diferente, d-i-f-e-r-e-n-t-e! Ainda me pergunta o porque quero pensar em outra coisa?
Deve ser pelo simples fato de que o tic-tac do relógio me irrita enquanto eu fico aqui sentada esperando, algo, alguém, um sinal, uma chuva. Tic-tac, tac-tic, o tempo passa, passa de novo e eu continuou sentada aqui.
Os dias se foram, as noites amanheceram, as estações mudaram, as flores desabrocharam e as folhas já cairão. A chuva limpou e refrescou o asfalto, a maquiagem já foi tirada, o palhaço já deixou de sorrir. E eu, onde estou? No mesmo lugar, perdida olhando para o nada, pensando se estou acordada ou se tudo é um sonho real.
Ainda aqui, sentada, sozinha, esperando, você, eu, nós, uma história, um vinho qualquer... Ainda aqui, sentada sozinha em uma esquina qualquer. Parada esperando, esperando, ainda aqui, escrevendo uma história de amor sem fim. Um conto que não é apenas meu, é seu, é nosso...
Mas para essa história escrita apenas de um lado, sem nenhuma palavra, sem nenhuma ação, sem demostração resolvi deixar a máquina de escrever de lado e redigi-la apenas com o coração. Agora onde você está? Será que vai demorar? Por que não vem logo e vamos embora ver o dia amanhecer? Só to pedindo que venha logo, me pegue no colo e me leve com você. Diga que não estou ficando louca, que não sou a única que quero seguir com esse caminho. Segura a minha mão e pula comigo nesse lago profundo e cheio de mistérios ainda não descobertos.
Tic-tac, o tempo passa, o tempo passou, o tempo já parou e eu ainda aqui estou...
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