sábado, 28 de abril de 2012

Ciatrizando


Cicatrizes são formadas quando nos ferimos de algum modo. Elas podem ser externas, aquelas no corpo, que dá para ver o sangue saindo, ou em algum órgão, mas é física. E também existe as que se formam internamente, estas são feitas na alma, no chamado coração, na consciência e nem sempre podem ser vistas. No começo da cicatrização é difícil, afinal vai dizer que só limpar o joelho ralado não dói igual quando você caiu e se machucou? Depois com o passar dos dias as casquinhas vão se formando e a dor vai diminuindo. Até que chega a um ponto que começa a coçar, acho essa fase a mais engraçada, afinal como algo que lhe machuca e dói faz você ter aquela sensação de coceirinha? Enfim, coçamos até a casquinha sair, outra ferida se abre. Mas dessa vez não dói mais da mesma forma e também tem aquelas vezes que nem sente nada. E depois de um tempo você já esqueceu que havia ferido o joelho e se dá conta que já faz mais de uns 3 meses que não existe mais cicatriz. Esse é o lado bom da ferida externa, da que sangra, esquecer que ela existiu.
A ferida interna, aquela que não sangra, pode ser ainda mais profunda. Ela pode vir a causar cicatrizes tão frágeis que abrem constantemente.Não há um tempo para esse tipo de cicatrização, tem pessoas que nunca se curam e passam a vida sentindo a mesma dor todos os dias. Existe também aqueles que até se curam, mas são tão frágeis que por medo de deixar que sejam reabertas preferem fugir.
Não podemos negar que há aquelas pessoas fortes, que mesmo sentindo a dor continuam tentando fazer com que se cure. Mas então qual é o melhor modo de se agir quanto a cicatrizes da alma? O que fazer com os ferimentos profundos? O que eu faço quando elas são reabertas?
Não existes respostas certas para esse tipo de coisa, no meu caso eu sempre sigo as teorias do que o que lhe fere lhe torna mais forte e também de que o tempo nesses casos é a melhor solução.
Feridas foram reabertas e outras feitas agora, não somente feridas na alma, no coração e na consciência, ainda tenho que lhe dar com as físicas que me lembram que algo aconteceu, que algo me feriu. O tempo está passando e ainda é muito cedo para dizer como estão as internas, porém as externas estão na fase de arrancar a casquinha porque dói. O que ao meu ver já é uma boa evolução.

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